A multitarefa sempre foi vista como um sinal de eficiência, mas a ciência mostra o contrário. O cérebro humano não consegue processar várias tarefas ao mesmo tempo, apenas alterna entre elas. Isto reduz a concentração e prejudica a qualidade do trabalho.
Estudos indicam que alternar entre tarefas pode reduzir a produtividade em 40%. Este fenómeno, conhecido como task-switching, sobrecarrega a memória de trabalho e aumenta o risco de erros. Quanto mais trocas fazemos, mais tempo desperdiçamos a recuperar o foco.
O conceito de Deep Work, defendido por Cal Newport, valoriza a concentração profunda. Trabalhar sem distrações durante períodos prolongados permite alcançar resultados de maior qualidade. Sessões de 90 minutos de foco intenso, seguidas de pausas, podem ser mais eficazes do que horas de multitarefa.
“Estudos indicam que alternar entre tarefas pode reduzir a produtividade em 40%.”
Eliminar distrações é essencial para manter o foco. Notificações de e-mails, redes sociais e mensagens interrompem o fluxo de trabalho. Criar um ambiente de trabalho sem interrupções, desativar notificações e definir horários específicos para responder a e-mails pode aumentar a produtividade.
A técnica Time Blocking, que consiste em reservar blocos de tempo específicos para cada tarefa, pode ser uma excelente alternativa à multitarefa. Separar períodos do dia para responder a e-mails, realizar reuniões e trabalhar em projetos evita dispersão e melhora o desempenho.
Aplicações como Notion, Trello e RescueTime ajudam a monitorizar o tempo e a perceber onde estamos a desperdiçar energia. Ter consciência da forma como utilizamos o tempo é o primeiro passo para fazer ajustes e melhorar a nossa produtividade.
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A gestão do tempo não se trata apenas de organização, mas também de saber definir prioridades. Aprender a dizer não a tarefas desnecessárias e evitar o excesso de compromissos pode libertar tempo para aquilo que realmente importa.
Ao contrário do que muitos pensam, fazer menos pode significar alcançar mais. A produtividade não depende da quantidade de tarefas realizadas, mas sim da capacidade de executá-las com qualidade e foco.
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