230 milhões de toneladas – é este o impressionante número de alimentos desperdiçados anualmente nos países mais ricos, tanto como toda a produção alimentar da África subsariana. Uma quantidade que equivale a deitar fora um terço daquilo que compramos. Siga os passos indicados para reduzir a sua “pegada alimentar”.
Somos todos parte do problema – e somos todos parte da solução, defende Selina Juul, fundadora do Movimento dinamarquês “Stop Wasting Food”. As associações de consumidores devem pedir condições especiais aos fabricantes. Os restaurantes e cantinas podem reduzir o desperdício alimentar e poupar assim muito dinheiro.
1. Planeie as suas compras
Nunca é demais dizer que não se deve ir ao supermercado sem uma lista de compras e com a barriga vazia. O mais certo é acabar por comprar muitas coisas que não precisa e que fazem mal à saúde. Vá lá, bastam cinco minutos para rever a despensa e o frigorífico.
2. Data de validade
Quando chegar a casa com nova remessa de alimentos, faça como os repositores do supermercado: chegue os produtos mais antigos para a frente, para que terminem primeiro. E raramente vale a pena comprar grandes quantidades, mesmo que haja descontos. O mais certo é esses alimentos estarem próximos do fim da validade e acabarem no lixo.
3. Leve as sobras de comida no restaurante
A comida que fica no prato vai diretamente para o lixo. Peça para levar, seja para o almoço do dia seguinte, seja para alimentar o seu animal de estimação.
4. Aproveite a fruta feia
os agricultores conseguem escoar os alimentos que ninguém queria, os comerciantes ganham uma pequena margem de lucro e os consumidores ficam com alimentos ricos em vitaminas a preços mais acessíveis.
5. Dê a quem mais precisa
Fez uma festa e sobrou comida? Vai de férias e não quer deixar o frigorífico cheio? Contacte o Banco Alimentar, a Refood ou outra instituição para que esses alimentos cheguem a outras pessoas mais necessitadas.
6. Congele se não consumir nos dias seguintes
A fruta madura serve para fazer sumos e batidos. O peixe ultracongelado tem todas as propriedades nutricionais do fresco, é mais barato e é muito prático para refeições apressadas. E se cozinhou massa a mais (esparguete, lacinhos, etc.) passe-a por água e congele em pequenas porções – quando necessitar é só usar o microondas.
7. Reduza o uso do plástico
Um material que leva 500 anos a decompor não é sustentável. Prefira garrafas de vidro, recipientes de metal e sacos de papel. Recicle tudo o que for possível e beba água da torneira – em Portugal tem uma qualidade excelente e fica muito mais barato.
8. Consuma produtos sazonais e de proximidade
Por um lado está a apoiar a agricultura nacional, por outro a reduzir o impacto ambiental no que respeita ao transporte dos bens até à loja. Além disso, os alimentos atingem o máximo das suas propriedades nutricionais na estação de que são característicos, são mais económicos, saudáveis e saborosos.
08.06.2021
Fonte: lifestyle.sapo.pt