No meio de tantas candidaturas enviadas, fazer um currículo que consiga captar a atenção dos recrutadores é um desafio para qualquer um que esteja a procurar uma nova oportunidade.
A verdade é que 2020 tem sido um ano de adaptação para todos, inclusive para os recrutadores e profissionais que procuram um novo emprego. Vivem-se novas rotinas e modificam-se alguns processos.
Por isso mesmo, é crucial que se mantenha a par das tendências de recrutamento que vão surgindo no mercado de trabalho, para que consiga corresponder de uma forma rápida e eficaz ao que lhe é pedido.
Para que possa fazer um currículo de sucesso, listamos algumas dicas que o vão ajudar a ganhar um passaporte para o emprego com que sempre sonhou.
Fazer um currículo: o que não pode faltar em 2021
Quando estiver a fazer um currículo para responder a uma vaga específica, tenha sempre em mente que o CV é o primeiro contacto que poderá ter com o recrutador. Logo, ele deve ser de fácil percepção e preciso nas informações que contém.
A situação atual que o mundo vive, veio exigir que se alterassem alguns métodos de recrutamento que eram utilizados e que se implementassem outros. Falamos de Social Hiring, Applicant Tracking System (ATS, ou em português, Sistema de Rastreamento de candidatos) ou ainda de formas não convencionais de recrutamento.
Para conseguirem responder às novas necessidades do mercado de trabalho, os profissionais que procuram emprego devem saber o que não pode faltar nos seus currículos em 2021. Quais são as tendências? O que deve conter? Fique connosco e atente nas nossas dicas.
1. Escreva para todos os leitores e não apenas para apenas para “robots”
Para fazer um currículo de sucesso, é extremamente importante que entenda o papel do CV no processo de contratação. Isto é, num processo de contratação típico os currículos passam por um Sistema de Rastreamento de Candidatos (ATS) antes de serem selecionados para uma entrevista de emprego.
Muitas vezes, o que acontece é o facto de os candidatos prepararem os seus currículos de acordo com a escrita para robots, que operam no ATS.
Por isso, é importante que pense que o seu CV deve ser escrito em equilíbrio para 3 públicos diferentes: Recursos Humanos, ATS e um gerente de contratação para decidir quem fará a entrevista. Repare:
- O Gestor de Recursos Humanos provavelmente tem uma lista de verificação de requisitos e preferências, por isso não presuma que ele saberá quais as suas competências e experiência com base nos cargos que teve;
- O ATS analisa a formatação digital do seu currículo e claro, as palavras-chave que incluiu nele;
- O gerente de contratação irá decidir quem é mais adequado para a vaga em questão.
2. Utilize a estrutura adequada e não apresente um CV com erros linguísticos
Se acha o modelo Europass e o modelo americano desadequados, crie o seu próprio CV, mas tenha em consideração que deverá contemplar os seguintes campos: dados pessoais, resumo pessoal e profissional, educação, experiência profissional, outras competências (como línguas ou conhecimentos informáticos), interesses pessoais e outras atividades.
É importante que dê uso à sua criatividade, mas sem grandes excessos. Para além disto, deve ser bastante cuidadoso no que toca à revisão ortográfica. Verifique várias vezes.
3. Utilize cores de forma estratégica
Não tenha medo de arriscar quando estiver a fazer um currículo. Lembre-se que o CV não é apenas uma lista do seu histórico de trabalho e competências.
Na verdade, também funciona como um documento de marketing pessoal e a psicologia da cor é uma tática chave de branding usada no marketing.
Gostaria de contratar uma personalidade a preto e branco? Use cores de forma estratégica para impactar a perspetiva do recrutador sobre si:
- Utilize cores conservadoras para o nome, contactos e títulos de secção;
- Misture o conservador com elementos de design moderados. Escolha não mais do que 2 cores e mantenha o tipo de letra.
4. Inclua o link do seu perfil no LinkedIn
Se ainda não está presente no LinkedIn, saiba que provavelmente estará a ficar para trás com outros candidatos. O perfil nesta rede profissional costuma ser o primeiro passo durante uma verificação de antecedentes. Afinal, é uma maneira fácil e gratuita para os recrutadores validarem o seu histórico de trabalho.
Um perfil do LinkedIn permite que humanize a sua candidatura a um emprego, quando ela for menos profissional através de um currículo. Lá poderá ter projetos paralelos e até experiências voluntárias não relacionadas com a carreira.
5. Remover datas anteriores a 2005
Se refletirmos, vemos que 2005 foi há 15 anos. Por isso, a menos que se esteja a candidatar a uma vaga específica que exija experiência de 15 anos, listar datas anteriores a 2005 no seu currículo não trará benefícios.
Para além disso, os seus longos anos de experiência poderão ser ameaçadores para um gerente mais jovem em potencial crescimento. Por outro lado, também podem significar que está apenas a procurar preencher uma lacuna de emprego até que uma oportunidade melhor surja.
Eliminar metade da sua carreira pode ser assustador, mas muito gratificante ao mesmo tempo. Coloque o foco no futuro.
6. Adicione palavras-chave aos resumos de trabalho
Nunca se esqueça: deve fazer um currículo que informe os recrutadores que é a pessoa mais indicada para o trabalho. Assim, sempre que não for possível conter as informações suficientes, opte por colocar determinadas palavras-chave.
Otimize os resumos das experiências de trabalho adicionando palavras-chave encontradas no anúncio de emprego. Isso irá melhorar muito a percepção do recrutador e claro, os sistemas de rastreamento de candidatos.
24.11.2020
Fonte: www.e-konomista.pt