1. Percecione o retorno de uma forma natural
O reajustamento a uma nova realidade dificilmente é imediato. É necessário um período de (re)adaptação. Da mesma forma que o seu corpo não está num mood relaxado quando inicia as suas férias, quando regressa à sua atividade profissional, o seu corpo e mente vão precisar de se sincronizarem novamente com um ritmo muito específico, por norma mais acelerado. Este choque inicial é algo esperado e natural.
Sintomas como dificuldades em adormecer e acordar, baixa concentração e défice de produtividade inicial são marcos da readaptação ao novo contexto. Pense que estas reações serão tão exacerbadas quanto maior o número de dias do período de lazer e o grau de exigência, em termos de horas e funções de cada emprego.
2. Evite exigir de si o que não pode dar
Não seja rígido e inflexível consigo, minimize: o reajustamento a uma nova realidade pode ser diferente para cada um de nós e não devemos esperar que sejamos altamente produtivos desde o primeiro minuto ou dia.
É necessário (re)ajustarmo-nos a contextos e estímulos novos, sejam eles físicos ou pessoas. Perceba que a sua produtividade vai voltar aos índices esperados rapidamente.
3. Não queira concluir tudo no primeiro dia
A provável ânsia de tentar colocar tudo em ordem, responder as todas as solicitações pendentes e sentir-se 100 % operacional é tentadora. No entanto, neste síndrome de super herói, vai colocar-se num patamar de expectativas não realizáveis, toldar-lhe o foco no fundamental e distorcer a definição de prioridades, culminando num mar de culpa e frustração.
4. Estabeleça prioridades
“Roma e Pavia não se fizeram num dia”: é fundamental planear o que fazer e como fazer, utilizando como critérios a importância e a urgência. Pode começar por encarar a sua caixa de email como uma fonte de planeamento. Observe emails pendentes e faça um plano de ação: o que deve ser respondido com celeridade, no imediato, o que poderá ser respondido com um timing mais flexível e o que poderá eventualmente delegar.
Planear a sua caixa de email não é mais um gasto de tempo, mas sim um ganho. Facilmente verificará que o seu investimento dará resultados.
5. Interaja com aqueles que o rodeiam e surpreenda-se
Neste retorno ao seu local trabalho e, consequentemente, à partilha de espaço e de tempo com os seus colegas, não hesite em interagir. Mostre interesse em saber como foram as férias daqueles que o rodeiam, conte um pouco das peripécias que viveu, reforce e reative o espírito de equipa e sentimento de pertença.
Aproveite as pausas, são vitais para este tema, mas também para permitir que o seu cérebro recupere um pouco do esforço efetuado, dando-lhe tranquilidade e foco. Avive na sua memória, as experiências positivas do trabalho, a sua motivação e todos os aspetos positivos do regresso ao trabalho.
6. O lazer e o relaxamento não acabaram
Não encare férias e trabalho num binómio de tudo ou nada, pode e deve existir um meio termo e equilíbrio. O contexto de lazer, prazer e relaxamento não terminaram. Existem fim de semanas, folgas e momentos do dia em que não trabalha. Estes momentos podem ser encarados como momentos perfeitos para se poder dedicar às atividades de lazer que realizou nas suas férias. Não os desperdice e encha-os com aquilo que mais gosta.
7. Não seja saudosista
Foque-se no presente e evite ser um eterno saudosista. Apesar de tentador e altamente frequente confortarmo-nos em pensamentos como “adorava estar agora na praia com os meus amigos” ou “quem me dera estar agora de férias”, em nada o vão ajudar. Muito pelo contrário, vou atirá-lo para um plano irrealista e toldar o seu raciocínio e foco.
Evite estes pensamentos e foque-se em tentar ser feliz naquilo que realiza diariamente. Lembre-se, o regresso não tem de ser o voltar ao “mundo de obrigações e chatices” que associamos às nossas vidas após as férias; o regresso pode ser o voltar à vida que escolhemos e ao longo do resto do ano preenche e alimenta as nossas vidas.
31.08.2018
Fonte: lifestyle.sapo.pt