Descrição
O consumo de um alimento que não seja seguro pode provocar doenças que podem, nas piores situações, ser fatais. A maioria das doenças alimentares é causada por agentes biológicos sendo que um alimento pode causar doenças por diferentes motivos. Poderá existir no alimento microrganismos patogénicos, que pela sua proliferação e pela produção de toxinas podem ocasionar quadros clínicos de doença; possuírem substâncias químicas presentes na sua composição e por esse motivo provocar doença ao consumidor; terem sido contaminados, acidentalmente, com alguma substância tóxica; terem sido adicionadas substâncias para modificar alguma das suas características, que possam tornar-se tóxicas para o ser humano ou terem sido inadvertidamente introduzidos objetos estranhos que possam causar lesões ao consumidor. As pessoas que de alguma forma contactam com os alimentos nas diversas fases da sua produção, são portadores de microrganismos que podem contaminar os alimentos e causar doenças a quem os consome. Deste modo, todas as pessoas envolvidas na produção de alimentos constituem um dos veículos principais de contaminação microbiológica dos alimentos sendo que a higiene e saúde dos manipuladores tem vindo ao longo dos anos a revelar-se muito importante tanto para a segurança dos produtos que são produzidos como por questões de perdas temporárias do número de trabalhadores por parte das entidades empregadoras. As instalações agroalimentares devem ser projetadas e construídas de acordo com o fim a que se destinam e instaladas de modo a impedir contaminações cruzadas. Segundo o capitulo I do Anexo II do Regulamento (CE) n.º 852/2004 de 29 de Abril de 2004, relativo à higiene dos géneros alimentícios, os requisitos gerais aplicáveis às instalações do setor alimentar são definidas tendo em consideração que estas devem ser mantidas limpas e em boas condições, a sua disposição, conceção, construção, localização e dimensões devem permitir a manutenção e a limpeza e/ou desinfeção adequadas, evitar ou minimizar a contaminação por via atmosférica bem como providenciar um espaço de trabalho adequado para permitir a execução higiénica de todas as operações.
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Gerais:
Dotar os formandos de conhecimentos relacionados com a importância e influência da higiene dos manipuladores e da conceção e higiene das instalações e equipamentos na garantia da segurança dos produtos alimentares.
Específicos:
Concluída a ação de formação, os formandos serão capazes de:
– Identificar os diferentes microrganismos causadores de doenças de origem alimentar. Reconhecer as diferenças entre infeção e intoxicação alimentar e os respetivos sintomas.
– Identificar os alimentos mais suscetíveis de provocar infeções e intoxicações e conhecer os métodos de prevenção de doenças alimentares. Identificar as consequências para a segurança dos alimentos de uma inadequada higiene dos manipuladores. Reconhecer a importância da comunicação de doenças e lesões por parte dos manipuladores de alimentos.
– Saber definir o conceito de higiene pessoa.
– Identificar a legislação aplicável ao setor que impõem a higiene pessoal dos operadores e a sua importância na segurança alimentar.
– Enumerar as boas práticas de higiene pessoal a ter em conta na atividade diária, relativamente à higiene das mãos, vestuário e calçado, adornos pessoais, cabelo, barba e unhas, comportamento pessoal e visitantes.
– Reconhecer a importância da formação e da informação prestada aos colaboradores.
– Identificar as necessidades de formação dos manipuladores de alimentos e dos membros da equipa HACCP, bem como o tipo e nível de formação a ser ministrada.
– Reconhecer de que modo a consciencialização e responsabilidade dos trabalhadores e das empresas contribui para garantir a segurança dos alimentos.
– Caracterizar as necessidades requeridas para a construção de instalações alimentares ao nível da conceção dos locais e materiais em contato com os alimentos. Apresentar as características determinantes na seleção de materiais a utilizar na construção das instalações e os requisitos relevantes em estabelecimentos industriais agroalimentares. Reconhecer as características determinantes na seleção dos materiais a utilizar na conceção e construção dos equipamentos para a indústria agroalimentar, bem como os principais tipos de materiais utilizados na construção de equipamentos.
– Enumerar as diferentes origens e tipos de sujidade. Descrever as vantagens de uma correta limpeza e desinfeção.
– Descrever o que é um processo de higienização e as suas diferentes etapas. Identificar os itens mais importantes que devem constar num plano de higienização. Saber quais os tipos de produto utilizados para a limpeza e desinfeção e a sua correta aplicação.
1. A importância da higiene dos manipuladores na segurança dos produtos alimentares
1.1 Transmissão de doenças / microrganismos devido a uma inadequada higiene dos manipuladores
1.2 Consequência para a segurança dos produtos de uma desadequada higiene dos manipuladores
1.3 Estado de saúde, enfermidades e lesões e o seu impacte na segurança alimentar
2. Boas práticas de higiene
2.1 Higiene das mãos
2.2 Fardamento
2.3 Calçado
2.4 Adornos pessoais
2.5 Cabelo, barba, unhas e utilização de toucas e máscaras
2.6 Aparência pessoal
2.7 Comportamento geral
2.8 Visitantes
3. Formação, consciencialização e responsabilidade relativamente à higiene pessoal
3.1 Formação e informação para uma adequada higiene pessoal
3.2 Consciencialização e responsabilidade dos trabalhadores
3.3 Responsabilidade das empresas
4. Requisitos das instalações
4.1 Princípios gerais da projeção de instalações alimentares
4.2 Materiais utilizados
4.3 Paredes
4.4 Tetos e janelas
4.5 Portas e Cais
4.6 Pavimentos
4.7 Escadas, elevadores, plataformas e passagens
4.8 Lavatórios das zonas de laboração e esgotos
4.9 Ventilação e exaustão
4.10 Iluminação
4.11 Instalações de frio
5. Requisitos dos equipamentos
5.1 Desenho higiénico dos equipamentos – aspetos gerais
5.2 Propriedades térmicas e características operacionais
5.3 Adulteração dos alimentos e resistência à descoloração
5.4 Facilidade de manutenção e reparação e superfícies que não entram em contato com os alimentos
5.5 Superfícies/Áreas que entram em contato com os alimentos
6 Higienização das instalações, equipamentos e utensílios
6.1 Tipos de sujidade
6.2 Processo de higienização
6.3 Detergente Vs. Desinfetante
6.4 Plano de higienização
A avaliação final depende da avaliação obtida nos testes.
A conclusão da formação com Aproveitamento implica a obtenção de uma classificação final igual ou superior a 10 (dez) valores na nota de avaliação final, numa escala de 0 a 20 valores. A conclusão da formação com aproveitamento resulta na obtenção de um Certificado de Formação Profissional, emitido de acordo com os requisitos legais em vigor, que será disponibilizado na área do e-aluno no site da FormaçãOnline até um prazo máximo de 15 dias após a conclusão da ação de formação.